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📈 Indicadores de efetividade

Finalmente, depois de dois anos começamos a medir os ganhos acadêmicos de nossas crianças e jovens participantes do Edukhan. Olha os indicadores de efetividade aí! Esse negócio dá trabalho. Não é à toa que a turma costuma se limitar a medir esforço, tipo X crianças e Y horas, e pronto.


Para matemática, conhecendo a realidade dos nossos atendidos, perguntamos apenas sobre o conteúdo dos anos iniciais do ensino fundamental, ou seja, até o quinto ano, para TODOS os Edukhandos. Até pra turma do ensino médio, mas isso fica pra outro post.


Para dar tempo de aquecer a cuca e não torcer os dados, aplicamos a primeira prova na semana 3 do segudo semestre, e a segunda prova logo antes do encerramento do ano letivo. Observemos um dos subgrupos avaliados, no programa de convivência e criação de vínculos da Viver, que fica Cidade Estrutural, numa das comunidades mais carentes e vulneráveis do DF. No caso ilustrado, são crianças de 10 e 11 anos, em fase escolar compatível com o conteúdo da prova.


Analisemos turno vespertino:


De cara vemos que R é um ponto fora da curva. Seu desempenho seria muito bom até em escolas públicas em locais não vulneráveis. Olho nele, tem potencial.


M está dentro do esperado, com uma evolução consistente dentro do trabalho realizado. Teoricamente, se estivesse numa escola particular de classe média, não deveria ter tido qualquer dificuldade com as questões. Como a realidade não é essa, não está mal. O problema é que é justamente nessa idade que o abismo da desigualdade aducacional dispara.


Cl é uma menina que teve um desenpenho um pouco pior do que na primeira prova. Caiu de 52 para 47, com uma perda de 10%. Aqui vale um papo com ela. Essa perda é antinatural. Ou estava muito cansada, ou não estava motivada para fazer a prova, ou tem algo de estranho acontecendo na casa dela. Não seria surpresa no ambiente em que vive. Olho nela.


Por fim, temos M, que saiu de ZERO para 56%. A explicação aqui é mais simples. M nunca teve problemas em aprender números. Ele simplesmente passou a entender as perguntas. O limite era a capacidade de leitura. É por causa de alunos como ele que também trabalhamos português.


No turno Matutino, todos os meninos tiveram melhoras consistentes. M, no entanto, outra menina, despencou de 66, que é um resultado bastante digno e o segundo melhor de seu grupo, para 42, na úlitma posição. Bem preocupante. Estamos trabalhando para que tenhamos apoio psicossocial e tratar esses casos.


Ainda assim, é um alento ver a turminha aprendendo. E nós tb.



 
 
 

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